quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Gentileza, Gentilezas e Gentilezear!

Gentileza: substantivo feminino na língua corrente, assumido e apreendido em sua impessoalidade metafísica pelo Profeta de um tempo sempre presente.
Leonardo Guelman


José Datrino ou o Profeta Gentileza encontrou em seu próprio destino o sinal de uma mudança individual e coletiva.
Esse pregador, mais que simplesmente pregar a gentileza, soube vivê-la e assumi-la como objetivo de vida. Como disse Leonardo Boff, “a ética só se mostra concretamente a partir de figuras exemplares que a vivenciam e lhe servem de modelo.”(2000). Gentileza foi pura gentileza.
A gentileza coloca-se como um desafio constante em tempos como os de hoje, onde a velocidade da vida é brutal, onde os desencontros são diários, onde as perdas são constantes.
O aprendizado torna-se ensinamento para o outro.
A gentileza é afetividade. Ela opôs-se ao favor, assim como o obrigado ao agradecido.
Aqui, então, tomo como base um adesivo com um dos escritos do Profeta: . Este vinil produz um processo de epifania, soa como uma revelação: deve-se parar e prestar atenção, seja num ponto de ônibus, numa esquina, seja na escola.
Cada indivíduo que recebe as palavras de gentileza se percebe mergulhado num mundo de signos e significações, passa a ver o mundo e a si mesmo de outra maneira esquecendo toda a confusão dos tempos de hoje.


Parto da idéia pré-existente da distribuição dos adesivos gentileza gera gentileza, antes realizado individualmente, e agora pensado para um coletivo.
Experienciar esta partilha e dela ter a certeza de olhar nos olhos e ter algo em troca, algo para refletir, para levar e depois partilhar novamente, como se diz por ai, não tem preço.
Como não conheço o outro, trabalho com o improviso; afinal, ele tem a opção de poder/querer dizer sim ou não a essa nova experiência. E experienciar significa provar, significa permitir que algo nos aconteça, que algo nos passe, nos toque, como disse Larrosa.
Procurarei trabalhar esse encontro respeitando a essência, a abertura (o espaço) que cada indivíduo me oferece estreitando e misturando essa boa relação. Essa formação atuará de maneira direta, ativa, mas não incisiva.
Um dos meus grandes desafios nesse momento será justamente essa intervenção no cotidiano de cada indivíduo fazendo ou possibilitando um enredo com começo, meio e fim entre nós e o espectador, seja ele ativo e ou passivo. Quero o olhar curioso, diverso, repleto de possibilidades.
Anseio com a distribuição dos adesivos conhecer o olhar do outro e permitir ser conhecida através do meu.
Motivos para este trabalho não me faltam. Motivos sobram aos montes.
E como disse Mariana, uma das gentiletes, o bom é gentilezear!

Um comentário:

Sônia Oliveira disse...

Muito boa iniciativa. Adorei e em meu blog já está linkado a página.
Vou seguir vocês a partir de agora.
http://www.conectandorionatal.com.br/index.php/component/content/article/101-socializacao/108-profeta-gentileza.html